sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Roteiro Atualizado

LABYRINTHOS


I. Aquecimento e instauração do estado
- Cachoeira e a Caninana (sem fazer roda - em duplas ou trio)
Renata no Tambor
- Instaurar o estado de cada um
Música Corpo de Arnaldo Antunes - momento VIII do CD - 6:32 min - é preciso cortar a música

- Ambiente agitado (rolar, pular, fluir)
Marcitelli rola e pula de cócoras; Alisson sobe pelas paredes; Matsuo saltos e giros de circo; currupio
outras fluências livres … VÍDEO - fluências livres para o ambiente agitado - individuais e em relação -

- Tentar subir nas paredes - todos tentam subir na parede - Paulo e Ana Paula não - duas pessoas precisam segurar Ana Paula para dar a pressão do grito.

- Grito de Ana Paula
- Alisson aparece sentado no ombro do Adriel
- Alessandro coloca a bandeja na mão de Adriel e acende a luz

II. O homem da poltrona -

Alisson sentado nos ombros de Adriel joga pedaços de vidro ou taças de vidro que se quebram no chão
- enquanto as ações no chão do vídeo - Vídeo M2U00996 de 6:00 a 9:00 - sofredores e surgimento do corcunda



- Samuel desliga a luz e entra no estado de desdém
- pisando nas pessoas - anulando os solos - tocando com a ponta dos dedos de modo a humilhar

em meio ao trabalho de chão, surgem pequenos solos formando o quadro de horrores acontecendo - sofrimentos - feras e fantasmas à solta: Ana Vitória com o abdomem - Vitor Gomes cita o Adão com movimento ondulatório da coluna ajoelhado - Sara traz a bruxa que mói o veneno e o tá-tá-tá numa mesma sequência de ações - Ana Paula cita o amarrado, numa passagem de caminhada com aquele som orgânico - Vamos citar o cortar a barriga do Marcitelli também -  O corcunda sempre se afasta do Samuel

- o corcunda declama
- enquanto o Corcunda declama qual a reação de Samuel?
- enquanto o Corcunda declama o Matsuo sai para arrumar a Gueixa
-  os sofredores empurram o chão, ganham nível médio e alto, Vídeo M2U00996 9:00

Deixa-te disso, criança,
Deixa de orgulho, sossega,
Olha que o mundo é um oceano
Por onde o acaso navega.
Hoje, ostentas nas salas
As tuas pomposas galas,
Os teus brasões de rainha;
Amanhã, talvez, quem sabe?
Esse teu orgulho se acabe,
Seja-te a sorte mesquinha.

-  Ao final o Corcunda diz para o alto - como quem conquistou o poder: Castro Alves
- Ao escutar todos ficam em pé e respondem em coro: Trasíbulo Ferraz
- corta todo o estado - foco claro no Matsuo
- Mariana pega as roupas cor de laranja e coloca no canto da cena, de onde vão surgir os esvoaçantes

III. Morte (ou a ancestralidade que leva ao parto ou ancestralidade pop)

  • Matsuo - dança trazendo a qualidade fluente e esvoaçante a partir de sua ancestralidade
    • na entrada da voz da cantora cada um pega sua roupa e entra com qualidade esvoaçante -
  • Matsuo transforma a dança ancestral na dança pop (marcar na música quando formar o “V”
  • “V” atrás do Matsuo
  • Carla entra com o grande pano esvoaçante e dá o texto

sem ser só nas palavras vividas em poesia,
pra mim a morte devia ser um voo dançado por um papagaio-pipa
– eu quero ser a aragem desse voar -
Revoada - Puxa o bando - cardume de passarinhos - fila para entrar na malha de fardo
- já começa entrando um a um e ficando encolhido dentro da malha - Sara é a última

Alisson fica no lugar, não segue a revoada e fala

  • se morrer um dia vou celebrar a palavra morte com incensos e música cantada por andorinhas
    – a morte anda por aí à solta
    e a vida afinal parece é uma máscara…

música ancestral (batuques afro brasileiros e/ou indígenas) -
Isabela e Alessandro incensam

(baixa o volume do batuque para a fala da Sara)
Sara na boca do pano fala antes de entrar e dá a passagem para a cena do

IV - Nascimento
  • Fala - Sara fala e entra no túnel
“a palavra vida é maior que a palavra morte”,
disse-me o meu sobrinho tchiene hoje
que ainda faltam dezesseis dias pra ele nascer.

- entrada na malha de fardo - projeção - mixagem de som

o batuque vai virando sons orgânicos - não são médicos, por isso não tem o pi pi pi -
- Sons do corpo humano por dentro

- Projeção de imagens do corpo humano por dentro
Entra a projeção como iluminação no pano e na Isabela
- por dentro da malha mostram-se partes do corpo
- trabalhar a locomoção do tubo, se não ficar bom, entre a revoada e a entrada no pano, arrumar o alinhamento do túnel

- Isabela desenvolve movimento em cócoras e água

- fardo vai rolando até encostar na parede ao fundo
O povo sai do tecido e o foco fica um pouco na Isabela
O som termina - e a Isabela continua um pouco - deposita seus utensílios de parir no congá
Chuva - nascimento de Adão - Vitor Gomes
- palmas e chuva
Som de batuque africano por causa do Tchiene nascido em Tchien

- Fala do Vitor

às vezes uma chuva molhada
é uma coisa boa para escorregar momentos em direcção a mim.

quando uma chuva molhada cai sobre o mundo redondo,
as coisas da vida e a vida das coisas encontram-se num quintal vasto.

foi sob uma chuva molhada em canduras
que encontrei as barbas do meu pai num poema e o sorriso da minha mãe noutro.

- Vitor se movimenta em direção ao coro
- coro em sacudires das religiões afrobrasileiras - movimento compartilhado do Alessandro
- se locomovem em bloco na direção de Vitor e se colocam a seus pés

Adriel - entra em cena cotidianamente - puxa um fio que derruba nele uma água cor de rosa e se encolhe molhado no chão, diz

foi nas entrelinhas dum poema ensopado que encontrei,
várias vezes,
a autorização interna pra falar a palavra amor
[vou tentar não apagar isto: eu tenho certo receio da palavra amor, espero só que ela não me tenha receios também; seria triste].

Enquanto Adriel fica no centro molhado
Todos que estavam junto com Vitor Gomes se levantam e pegam no cenário seus objetos de afeto -

V. A cozinha: lugar de afeto e nutrição -
As “bruxas” com ervas aromáticas
Preto Velho -
Cheiro de café - trazer comidas que não estavam visíveis no palco, mas estavam lá todo o tempo -
em conjunto preparam uma refeição - talvez trazer uma mesa ou uma toalha de pic nic -
verificar o espaço seco para preparar a refeição - ou - ter toalhas para secar a água do amor de Adriel

LABIRINTO

elenco de O labirinto, apresentaçao no encerramento do ano de 1917 no curso de teatro da UFU