segunda-feira, 28 de julho de 2014

Cores, movimentos, MAMULENGOS


Acompanhem nesta breve postagem, um pouco mais sobre o que vem a ser os Mamulengos. Provavelmente esta postagem ainda deva crescer e se aprimorada, mas no ritmo do cena animada, segue a postagem.

Arte Popular do Brasil

         
Em meio a meu estudo e desejo por conhecer o teatro de formas animadas, e ainda mais o meu encanto por bonecos, sejam eles de quais tipos, me deparei com a palavra Mamulengo.E em menos de seis meses acabei me vendo como um dos organizadores de uma exposição destes bonecos, para começar da forma como entendo por enquanto.
Os Mamulengos, são bonecos típicos da região da Zona da Mata Pernambucana cuja origem remonta a mais de 200 anos.Bonecos de mão, os quais o ator-manipulador utiliza como luva (a quem diga que o nome mamulengo vem da ideia "mão molenga" como de fato é uma forma eficaz de manipulação, no entanto é um informação contraditória). Sempre são feitos de madeira e de forma bem simples, são bonecos resistentes exatamente por isso e em sua maioria, eles tem bastante cores e são ricos em Chita, pelo baixo valor do tecido, bem como pelo modo como ele desperta atenção.
Quando se trabalha com os Mamulengos, é comum se chamar as cenas de momentos ou passagens, existe certo padrão para os bonecos, quero dizer os personagens são bastante tradicionais e com histórias que possam ser trabalhada.
Com o crescimento da técnica de Mamulengos para além da Zona da Mata Pernambucana seja por mestres de lá que se mudaram ou por pessoas que inspiradas resolverem levar adiante a imagem e ideia dos bonecos, esses mesmos acabarem se tornando a forma mais popular de teatro de bonecos em nosso pais.
O Cenário em que normalmente ocorrem as apresentações de mamulengos, são empanadas, com cores tão chamativas como as dos próprios bonecos, em que pela sua facilidade para montagem podem ser colocadas em feiras e locais de muito movimentação para que possam começar as improvisações.
Vale ainda destacar, o quanto esses bonecos tem capacidade viva e dinâmica, sendo assim conseguem se adaptar a situações de vida e da sociedade para que as improvisações feitas com eles, nunca fiquem ultrapassadas.

  Esses são dos nossos.

Pensando a primeiro momento em um recorte mais local, podemos exemplificar essa capacidade dinâmica no uso dos mamulengos, com nossos próprios bonecos do acervo do curso de teatro, em 2012 na época da greve nacional, professores e alunos se reuniram e fizeram o "Mamulengo da greve" como ficou chamado o vídeo no acervo do curso.Onde Mario Piragibe intermédia um dialogo com alguns dos bonecos que temos em nosso acervo sobre essa situação da greve e a posição do governo(representado pela Cobra Chibana, na época mudo sobre as manifestações)

No ritmo então do acervo do curso, este mesmo foi é constituído por bonecos de um único Meste Mamulengueiro, José Lopes Silva Filho ou Mestre Zé Lopes como é conhecido. Ele que ainda vivo hoje está a frente de seu teatro, chamado Teatro do Riso. Além de nossa universidade ele já forneceu Mamulengos para montagens como Coração Mamulengo As centenárias, com Andréa Beltrão e Marieta Severo. Zé Lopes coordena ainda o Centro de Revitalização e o Memorial do Mamulengo
Nordeste em mim

Bonequeiro e Mamulengueiro
Para quem não tem como ir aExposição no MUnA, na quarta-feira quando estiver presente no Muna irei fotografar todos os bonecos expostos com a legenda contando um pouco sobre eles para vocês. Aos que puderem, pelo Festival Cena Animada na quarta-feira, haverá apresentação no MUnA em meio a exposição, o espetáculo "Contos Escolhidos" Cia. Trapustero - Espanha/Brasil, o grupo usa bonecos de manipulação semelhante aos Maunlengos, isso faz com que seja muito valido assistir. Ainda reforço que posso fazer uma visita guiada na medida do possível após o espetáculo.
Por hoje seguem algumas fotos de Mamulengos de nosso acervo, cada um com sua legenda.
Pisa Pilão- Bonecos com movimentação que acompanham sempre Chica, a negra do cuscuz.

Catirina e Caroquinha eles trabalham na roça,recitam loas e canta, são casados e tem 116 filhos


Referências

ARTE POPULAR DO BRASILl,Mestre Zé Lopes. Disponível em <http://artepopularbrasil.blogspot.com.br/2011/08/mestre-ze-lopes.html>. Data de acesso 28/07/2014
ABREU, MARIA CLARA CAVALNCANTI de, ALCURE, ADRIANA SCHNEIDER E PACHECO, GUSTAVO.Mestre Zé Lopes Bonequeiro e Mamulengueiro. Dispónivel em <http://pontosolidario.org.br/mestre-ze-lopes-bonequeiro-e-mamulengueiro/>. Data de Acesso 28/07/2014
FERREIRA,JOSE DE MÁRIO MORAES.Nordeste de mim. Disponível em <http://nordestedemim.blogspot.com.br/>. Data de Acesso: 28/07/2014l
ALCURE,ADRIANA SCHNEIDER. O mamulengo em múltiplos sentidos. MÓIN-MÓIN Revista de estudos sobre teatro de formas animadas,Santa Catarina, n. 7, ano 6, p.188-207.2010


Batuque de Umbigada

Batuque de Umbigada em Piracicaba

Batuque de Umbigada.Tradição de origem Africana ( Banto ), preservada na região de Piracicaba, Tietê, Capivari e Rio Claro, a tradição da Umbigada foi praticada em diversas reigões do Brasil e outros países, ganhando características de acordo com a região onde se desenvolveu.

O PORQUE DA UMBIGADA ?
Dentro da Cósmogonia Banto e grande parte dos povos Africanos o Umbigo representa "nossa primiera boca", o ventre materno "nossa primeira morada", como dizia o escritor africano Amadou Hampaté Bá ( Mali ) no capítulo onde ele descreve a própria mãe, cita a seguinte frase "Mãe é Oficina Divina", fazendo referencia ao ventre materno onde se projeto e se desenvolve a maior obra de Deus "A Vida".
Portanto estas tradições de origens africana trazem em suas manifestações elementos que ao mesmo tempo são considerados profanos, tambem tem muito do sagrado.
Nossas tradições vem propor este dialogo do tradicional com o comtemporaneo recodificando elementos dessas antigas tradições e reconhecendo-os nos movimentos atuais e devolve-los aos seu verdadeiros herdeiros prícinpes e princesas dessas tradições, nossos jovens.
Nós do Grupo de Batuque de Umbigada, Projeto Casa de Batuqueiro, Ass. Cultural Erês temos como compromisso junto estas tradições propor este diálogo intercultural onde o outro com toda certeza será ouvido.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Manifestação Popular: O pássaro Junino

Discorrerei nesse breve relato mais sobre a manifestação popular intitulada "Pássaro Junino"

       Desenvolvi de 2010 para 2011 uma iniciação ciêntifica (PIBIC FAPEMIG) orientado pela professora Dr. Maria do Perpétuo Socorro Calixto Marques que analisamos o espaço mitologico da dramaturgia "O Pássaro da Terra" de João de Jesus Paes Loureiro. O artigo final intitulado "Mito e Melodrama em O pássaro da Terra, de João de Jesus Paes Loureiro" tinha como resumo:

"O objetivo desse artigo é apresentar um estudo sobre a peça teatral O pássaro da terra,  do dramaturgo paraense João de Jesus Paes Loureiro. A análise prioriza a relação entre  mitologia e razão na organização das personagens e sua correspondência com uma das manifestações populares do Pará, o Pássaro Junino, na qual o autor inspirou-se para escrever a obra. Além, disso apresentaremos os diálogos que a peça mantém com outras formas teatrais, a exemplo da estética melodramática e da tragédia grega. Como suporte teórico, serviremo-nos de reflexões teóricas que atendam à organização do texto, como estudos sobre estéticas dramáticas, a organização do melodrama e da tragédia grega, mito e história sobre a Amazônia.

Palavras:Chave: Discurso; Melodrama; Pássaro Junino; Tragédia. "



          Pude identificar nas análises leituras e re-atualizações de elementos da tragédia grega e do melodrama, mas é de outro tipo teatral que ele assume sua inspiração: o pássaro junino, também conhecido como pássaro do melodrama fantasia, que é “uma forma de espetáculo que, em seu desenho final, é um conjunto de várias linguagens, que constituem a originalidade dos pássaros juninos de Belém do Pará. (MOURA, 1997, p. 52). Esse tipo teatral paraense tem como uma de suas origens, outras personagens locais como o boi-bumbá, manifestação popular onde há a presença da cobiça, morte e ressurreição do animal, presença de índios, matutos e do amo. Há o cordão de bichos e o cordão de pássaros e também um animal, real ou lendário de algum amo, rei ou rainha, que é morto e, graças à medicina ou meios sobrenaturais, revive. Essas representações ocorrem de acordo com o binômio morte-ressurreição. Também há apresentações de teatros populares religiosos, culminando assim, como dito anteriormente por Moura ( Op.Cit.), em um conjunto de linguagens.

         O pássaro junino tradicional possui uma estrutura própria para suas representações, assim como o melodrama: a história sempre gira sem torno de um pássaro, que é querido por uma princesa, cobiçado por um caçador, que o mata a tiros de espingarda ou por meio da baladeira (Nome que se dá ao estilingue nas regiões do Norte e Nordeste), e toda sua ação tem o aval de uma feiticeira. Com a morte da ave, uma boa fada, um pajé ou até mesmo uma cigana, o ressuscitam e o no final o caçador e a feiticeira são punidos e a paz volta a ser como antes. Essa é a estrutura básica, e já de inicio observamos que o autor João de Jesus, de fato inspirava-se nesse estilo, assim como também nas estruturas das tragédias gregas e do melodrama, sem tornar-se refém de nenhum estilo, e sim os utilizando para criar uma obra única.

         No Pássaro da Terra, a ação desenrola-se, como já colocado, em volta do pássaro, amado por uma mulher que, no caso é a Donzela, moça da cidade grande que está de férias no campo. A feiticeira, que na estrutura original, vê com bom olhos a morte do pássaro, está aqui representada, de certa forma, pelo Duque de Além Mar, pai da Donzela, que contrata um caçador para matá-lo, pois acredita que só com a morte dele é que poderá conquistar todas as terras por ali. Ao final da obra, a tragédia toma conta com a morte do pássaro, e também com a de Donzela, e nenhum ser fantástico ou do universo do humano intervêm para ressuscitá-los. No livro O teatro que o povo cria, o estudioso Carlos Eugênio Marcondes de Moura, diz:

O assalto ao pássaro, em algumas comédias, deixa de ser mera exteriorização de violência e cobiça para tornar-se um atentado contra o equilíbrio da natureza. A devastação do meio ambiente, a que vem sendo submetida a Amazônica, bem como sua denúncia, despertam ou aguçam a consciência de suas populações e esta preocupação, vivamente sentida, acaba por se fazer presente na temática (MOURA, 1997: p.166)

          Esse discurso protecionista à Amazônia não era regra nos espetáculos do pássaro junino, mas, é uma questão muito forte e presente na obra de Loureiro.

         Acreditamos que o autor, mesmo não recorrendo a um ser fantástico para ressuscitar o pássaro, ou até mesmo a Donzela, como uma forma de fortificar seu discurso em prol da natureza, faz uso de uma estratégia para dizer que, indiretamente, os gananciosos como o Duque D‟ Além Mar, os destruidores da floresta serão punidos.

         Como dito acima, o pássaro junino é também conhecido como pássaro melodrama fantasia, pois, esse estilo acaba por re-atualizar muitas das características do melodrama:

A criação de uma nova dramaturgia, que recorre ao melodrama e muitas de suas convenções, implica no abandona das singelas estruturas narrativas do cordão de pássaros e do cordão de bichos. O tema central do cordão – caçada ou roubo, ferimento ou morte, recuperação ou ressurreição do animal – dilui-se cada vez mais no conjunto das tramas e sub-tramas elaboradas pelos autores, que propõem novas temáticas, próprias do melodrama clássico e romântico (desencontros amorosos, luxúria, cobiça por bens materiais; os embates do bem com o mal; a sacralização da natureza). (MOURA, 1997, p. 108)

         Assim sendo, a estrutura da obra sendo um pouco mais complexa do que as estruturas formais do pássaro junino tradicional, ainda dialoga com essa manifestação paraense. São exemplos, o aparecimento de sub-tramas na obra, concomitante à caçada do pássaro, a presença do Posseiro e de Índios que, expulsos de suas terras, foram à procura de justiça; o surgimento de temáticas como o desencontro amoroso entre a
Donzela e o Caçador, pois ambos acreditam que ao final ficariam juntos; a cobiça por bens materiais, que acaba por nortear o texto, os embates entre bem e mal, sendo este último representado pela figura do Duque D‟Além Mar; a sacralização da natureza, pois é exatamente este discurso que o autor imprime durante toda a sua dramaturgia, ao tentar mostrar o quão sagrada e frágil é a mesma. Ainda sobre as características melodramáticas reescritas pelos autores juninos, Moura prossegue:

Sua lógica, sua progressão dramática, são interrompidas por entradas de personagens, que muitos exemplos, intervêm apenas com a intenção de distrair a atenção do publico, fazendo-o desligar-se, por alguns instantes, do opressivo clima instaurado pelas peripécias do melodrama. É o caso dos matutos e dos números de dança, designados como baile e há pouco se mencionou quanto essa intervenção se assemelha à estrutura clássica do teatro de revista (MOURA, 1997, p. 108)

         A presença dessas personagens cômicas, que vêem atenuar a tensão dada aos textos está presente exatamente no percurso em que a obra está em direção ao seu clímax – a morte dos heróis e o reconhecimento do percurso trágico. O elemento cômico – também presente nas estruturas melodramáticas clássicas – ocorre por meio das personagens Mestre Jaques e Compadre Ramos, que aparecem somente e unicamente na Cena VII, de passagem pela região, por meio de sua igarité (Tipo de canoa regional.). Eles bebem, cantam, dançam, lundu (Dança de par solto, de origem africana, que teve seu esplendor no Brasil em fins do séc. XVIII e começos do séc. XIX.) e satirizam costumes e seres da região.

          Essa é copilação de uma parte do artigo, por isso, qualquer dúvida e mais sobre vamos conversando nas aulas.

Bibliografia
LOUREIRO, João de Jesus Paes. O Pássaro da Terra. Escrituras, São Paulo: 2003.
________. Obras reunidas, teatro e ensaios. São Paulo: Escrituras, 2001.
MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de Moura. O teatro que o povo cria: cordão de pássaros, cordão de bichos, pássaros juninos do Pará: da dramaturgia ao espetáculo. Belém: Secult, 1997.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Avaliação

7. AVALIAÇÃO
Ao final de cada módulo será realizada uma avaliação e ao final será solicitada uma autoavaliação.
20 pontos: (Primeiro módulo) Criação de uma ciranda com os temas trabalhados nos textos hibridismo cultural, 150 anos de muita discussão, aspectos de sua história, a cultura popular no contexto contemporâneo.
20 pontos: (Segundo Módulo) Roda de jongo com personagens em interação, análise das interações, propostas cênicas.
40 pontos: (Terceiro Módulo): Elaboração de textos e indicações de vídeos e fotos de referência, formando um mosaico de trabalhos cênicos e tradições comentados e disponibilizados no blog Artes Cênicas nas Encruzilhadas Culturais - http://cenanasencruzilhadas.blogspot.com.br/

20 pontos: Autoavaliação – relação entre estímulo, dedicação e aprendizagem.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Jongo

Cantar Jongo – e bater palmas no ritmo

Bendito louvado seja é o rosário de Maria (4x)
Bendito pra Santo Antonio, bendito pra São João
Senhora Santana, sarava meus zirimão
Saravá angoma puita, sarava meu candongueiro
Abre caxambu, sarava jongueiro
Bendito louvado seja meu zirimão
Agora mesmo que eu cheguei foi pra saravá
Bendito louvado seja minhas santas almas
Agora mesmo que eu cheguei foi pra sarava

Pisei na pedra a pedra balanceou
Levanta meu povo cativeiro se acabou

Eu fui na mata
Eu fui na mata cortar a lenha
Passei na cachoeira e molhei a mão
Senhor da pedreira benze essa fogueira
Além da fogueira ajudai todos os irmãos

Salve Jongueiro
Salve o jongueiro velho que veio nos ensinar
Que Deus dê a proteção pro jongueiro novo
Pro jongo não se acabar

Olê, olê olá

Eu vim aqui foi pra Jongar  Olê, olê olá
Jonga daí que eu jongo de cá  Olê, olê olá
Olê, olê olê, olê   Olê, olê olá


Observar a dança cada um de seu jeito e todos dançando jongo
Roda de Jongo Quilombola - Guaratinguetá/SP  https://www.youtube.com/watch?v=4rgkXaoAquA


Clementina

terça-feira, 1 de julho de 2014

Exposição de Mamulengos e Teatro de Formas Animadas

Muitos estudantes estarão em Ouro Preto na próxima segunda feira, dia 07 de julho, sendo assim não haverá aula neste dia.

Como atividade substitutiva à aula, deverá ser feita uma visita à exposição de Mamulengos no Museu Universitário de Arte e deveremos assistir ao um espetáculo da Mostra de Teatro Animado, organizada pelo prof. Mário Piragibe.

Cada estudante deve se organizar e fazer a visita ao Museu. A organização de visitas em grupo é mais interessante porque pode ser agendada uma monitoria com Célio.


Rua Coronel Manoel Alves, 309 - Bairro Fundinho - Uberlândia/MG 
Tel/Fax: (34) 3231-9121 / 3231-7708
Funcionamento: segunda a sexta-feira, das 8:30h às 17h.

Qualquer dúvida consultar o Célio que é um dos responsáveis pela exposição.


Professor Tibiriçá


Personagem clássico do mamulengo.Representa a sabedoria popular,seus anseios e espertezas.È preto e cheio de graça.Em cena tem o papel de comentador da ação, guardando um distanciamento crítico.Todas as suas falas são ditas em verso, a maneira dos poetas repentistas.Tiridá é um boneco com articulação de boca e olhos.
Museu do Mamulengo, Olinda, Pernambuco


O mamulengo, assim como outras formas de manifestação do teatro popular brasileiro, tais como o Teatro de João Redondo, Cassemiro Coco, Babau, e danças dramáticas como o Bumba-meu-Boi, Cavalo Marinho e Boi-de-Mamão, apenas para citar algumas expressões, continuam estimulando os processos criativos de grupos de teatro em diversas regiões do país.
Nas áreas urbanas do país é possível perceber que hoje a criação de espetáculos de teatro de animação incorpora inúmeros recursos, linguagens, procedimentos que o tornam heterogêneo e híbrido. A sua proximidade com outras linguagens artísticas, incluindo a dança, mímica, circo, espetáculo multimídia, entre outros, torna essa arte reconhecidamente mais contemporânea, caminhando numa direção que a aproxima de outros campos das artes cênicas, visuais, fazendo com que as fronteiras entre as linguagens fiquem cada vez mais difusas. E isso se deve ao uso de variados meios de expressão, ao abandono do boneco do tipo antropomorfo, à ruptura com o palquinho tradicional do teatro de bonecos e à presença visível do ator-animador na cena. (BELTRAME,Valmor: 2007)


TRANSFORMAÇÕES NA LINGUAGEM DO TEATRO DE ANIMAÇÃO: a criação do espetáculo teatral in Revista da Pesquisa vol 1,n.3. Florianópolis: Ceart UDESC, 2007.

BORBA FILHO, Hermilo. Fisionomia e Espírito do 


Mamulengo. Rio de Janeiro: Minc/Inacen, 1987.

SANTOS, Fernando Augusto G. Mamulengo: um povo em 

forma de bonecos. Rio de Janeiro: Funarte, 1979. 




LABIRINTO

elenco de O labirinto, apresentaçao no encerramento do ano de 1917 no curso de teatro da UFU