domingo, 31 de agosto de 2014

Paródia Cirandeiro ó - Edu Lobo

Música Original

Ô cirandeiro, ô cirandeiro ó
A pedra do teu anel
Brilha mais do que o sol
A ciranda via estrelas
Caminhando pelo chão
É o luar da lua cheia
É o farol de Santarém
Não há lua sem estrelas
É saudade clareando
Os olhinhos de meu bem } bis
REFRÃO

A ciranda de sereno
Visitando a madrugada
O espanto, achei dormindo
Os sonhos da namorada
Que serena dorme e sonha } bis
Carregada pelo vento
No andor de nuvem clara

REFRÃO
São sete estrelas correndo
Sete juras a jurar
Três Marias, três Marias
Se cuidem de boiocotar
Do amor o juramento
Que a estrela Dalva chora } bis
De nos sete acreditar

REFRÃO

Paródia


Ô Cirandeiro, tem que parodiar
Misturar os conteúdos
Pra na métrica botar

A ciranda é de Lia
É o que dizem por aí
Mas pra quê saber o início
Se fica híbrido no fim
Peter Burke já dizia
Terrítório é bem grande
E a mistura não tem fim

REFRÃO

Sincretismo, o da Igreja
Cada qual seus Deus, então
Vai e brida as suas verdades
Mas origem não tem, não
No fim diz a mesma coisa
Peter burke já dizia
Um purismo não tem, não

REFRÃO

Exemplos de hibridismo
Tem lugares pra buscar
Literatura ou na música
Culinária, arquitetura,
Religião e filosofina
Um mesmo significado
Isso não vai dar pra achar

REFRÃO

Tudo belo e misturado
Mas não é tudo assim, não
Preconceiro é pros dois lados
Cuida do olhar, meu irmão
Muita coisa tem na história
Que reflete a realidade
Preconceito tem vez, não

REFRÃO

Por fim vou e despedindo
Vários termos pra citar
O importante é entender
Hibridismo vai haver
Assim o povo vai vivendo
Misturando, se encontrando
Para a gente conviver

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Ciranda - Eu vou contar!



Melodia da música - Eu fui na mata


Sinhô da pedreira
Benze essa fogueira

A lenha da fogueira

Prá durar a noite inteira



Eu fui na mata

Panhá a lenha

Eu passei na cachoeira

Molhei a mão.



Eu vou contar



Eu vou contar o que aprendi

Nas aulas de Teatro e Cultura Popular

Então me conte, por favô!

O que foi que a Renata Meira te ensinô.



Eu já sabia que as culturas têm muitas diferenças

Cada um tem seus costumes, seus hábitos e crenças

Não sabia que hibridismo é o mesmo que, mistura.

Mistura de praxe, mistura de cultura.



Eu vou contar o que aprendi

Nas aulas de Teatro e Cultura Popular

Então me conte, por favô!

O que foi que a Renata Meira te ensinô.



Me ensinou que na África tem muito brasileiro

Nascido na África e não no Rio de Janeiro

A mímese do corpo é a reprodução

Do movimento, da voz e da respiração.



Eu vou contar o que aprendi

Nas aulas de Teatro e Cultura Popular

Então me conte, por favô!

O que foi que a Renata Meira te ensinô.

Etnocenologia engloba toda arte

Reconhece o diferente, amplia o olhar

É a junção de dança, música e teatro

Qualquer forma de expressão... que há.



Eu vou contar o que aprendi

Nas aulas de Teatro e Cultura Popular

Então me conte, por favô!

O que foi que a Renata Meira te ensinô.



Conheci a famosa Lia da Ciranda

Descobri o Congado e dancei o Jongo

Saravá significa saudação

Não é coisa do demo e nem de assombração.



Eu vou contar o que aprendi

Nas aulas de Teatro e Cultura Popular

Então me conte, por favô!

O que foi que a Renata Meira te ensinô.



Matheus Silvério.
















quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Folia de Reis - Manifestação Folclórica / Popular






                    A folia de reis é uma festa católica que celebra os Três Reis Magos

  Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos          Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro, que, em alguns países de origem latina,     especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante                     data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal.







                     Na cultura tradicional brasileira, os festejos de Natal eram comemorados

            por grupos que    visitavam as casas tocando músicas alegres em louvor
            aos "Santos Reis"e ao nascimento de Cristo; essas manifestações festivas 
                   estendiam-se até a data consagrada aos Reis Magos, 6 de janeiro.
           Trata-se de uma tradição originária de Espanha que ganhou força especialmente
                        no século XIX e que mantém-se viva em muitas regiões do país,
                  sobretudo nas pequenas cidades dos estados de São PauloMinas Gerais,
                         BahiaEspírito SantoParanáRio de JaneiroGoiás, dentre outros.


Devidamente armados com fantasias e instrumentos, fazendo representações dos Reis Magos e outras personagens através de música, dança e versos, os ternos encantam a população.









Composto por músicos tocando instrumentos, em sua maioria de confecção caseira e artesanal, como tamboresreco-reco,flauta e rabeca (espécie de violino rústico), além da tradicional viola caipira e do acordeão, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode.



Além dos músicos instrumentistas e cantores, o grupo muitas vezes se compõe também de dançarinos, palhaços e outras figuras folclóricas devidamente caracterizadas segundo as lendas e tradições locais. Todos se organizam sob a liderança do Mestre da Folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural.
As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção daquelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos foliões, onde acontecem animadas festas com cantorias e danças típicas regionais, como catira, moda de viola e cateretê. Contudo ao contrário dos Reis da tradição, o propósito da folia não é o de levar presentes mas de recebê-los do dono da casa para finalidades filantrópicas, exceto, obviamente, as fartas mesas dos jantares e as bebidas que são oferecidas aos foliões.





A Bandeira, chamada de "Doutrina", é feita de pano brilhante. Nela é colada uma estampa dos Reis Magos. Constitui o elemento sagrado da Companhia e assim é tratada: beijam-na respeitosamente os moradores das casas visitadas, é passada com muita fé sobre as camas da residência e nunca pode ser colocada num lugar menos digno. Esse respeito perdura durante o ano todo, mesmo passada a época de Reis: na casa onde fica guardada, há orações periódicas diante dela. No universo cultural de nosso povo, a Bandeira é a representação dos três Reis; por isso, explicam os Mestres, ela deve ir sempre à frente pelos representantes dos pastores que seguiram os Reis Magos.




Integrantes : 


- Três reis magos: participantes que personificam os reis que visitaram o Menino Jesus, quando ele nasceu: Baltasar, Melquior e Gaspar.


- Palhaços: Geralmente dois ou três, que fazem o papel de dançarinos do grupo. Eles tem o costume de se chamar de irmãos e possuem obrigações e proibições específicas (como jamais dançar diante da Bandeira). Eles realizam acrobacias usando um bastão, vestem-se com máscaras, portam um apito com o qual marcam a chegada e a partida da Bandeira


- Coro: É constituído geralmente por seis pessoas que são, ao mesmo tempo, cantores e instrumentistas o número, todavia, varia de entre as regiões. Cada membro do coro tem sua função.


- Mestre ou embaixador: é o principal personagem da folia, ou ainda chefe da folia, porque ele organiza a logística do grupo, o trajeto, horários e os instrumentos, e é o responsável improvisar os versos cantados nas residências. Cabe aos mestres a responsabilidade de manter viva a tradição e se encarregar da transmissão oral dele.


- Bandeireiro ou alferes da bandeira: Tem a função de carregar a bandeira do grupo respeitosamente. Ela é apresentada ao chefe da residência onde a folia passa para receberem os donativos oferecidos pelas famílias.


- Festeiro: figura importante, pois é, geralmente, na sua residência que os foliões fazem a "tirada da bandeira" e também é para onde é feito o retorno ao final do "giro". Às vezes, é utilizada a casa do Mestre para a saída e chegada da bandeira ou a casa de alguma pessoa que, por motivo de promessa, arca com as despesas da folia.





Em algumas regiões, as canções de Reis são por vezes ininteligíveis, dado o caos sonoro produzido. Isto ocorre, quase sempre, porque o ritmo ganhou, ao longo do tempo, contornos de origens africanas com fortes batidas e com um clímax de entonação vocal. Contudo, um componente permanece imutável: a canção de chegada, onde o líder (ou Capitão) pede permissão ao dono da casa para entrar, e a canção da despedida, onde a Folia agradece as doações e a acolhida, e se despede.



Ciranda da Resistência para uma turma multicultural


Cacique Raoni

Olé historiador da cultura
Olé cultura popular brasileira
Tu me ensinas a dançar Jongo
Que eu quero apreender(2x)

 No mundo globalizado
A resistência das nações indígenas não é em vão
Terão efeitos sobre as culturas no futuro da nação

Olé historiador da cultura
Olé cultura popular brasileira
Tu me ensinas a dançar Jongo
Que eu quero apreender (2x)

A história de todas as culturas é a historia do empréstimo cultural
A resistência das nações indígenas não é em vão
Terão efeitos sobre as culturas no futuro das nações

Olé historiador da cultura
Olé cultura popular brasileira
Tu me ensinas a dançar Jongo
Que eu quero apreender (2x)

Todas as culturas são o resultado de uma mixórdia
A resistência das nações indígenas não é em vão
Terão efeitos sobre as culturas no futuro do Brasil

Olé historiador da cultura
Olé cultura popular brasileira
Tu me ensinas a dançar Jongo
Que eu quero apreender(2x)

Olé historiador da cultural
Olé cultura popular brasileira
Tu me ensina a dançar Jongo.

Hoje todas as culturas são culturas de fronteira
A resistência das nações indígenas não é em vão
Terão efeitos sobre as culturas no futuro do Brasil.

Olé historiador da cultural
Olé

UFU + Ciranda

                                                   Ritmo : Ciranda , Cirandinha


                                                        Renata , Renatinha
                                                  Mandou todos nos jongar
                                                    Vamos fazer uma roda
                                                     O tabiado vou dançar


                                                         A ação moradia
                                                    Que pena já se acabou
                                                     Uma festança colorida
                                                    Só me lembra o baiadó


                                                       Por isso culturas lindas
                                                 A mestiçagem entrou na moda
                                                     No batuque da congada
                                                       Veio até gente de fora


                                                             Everton e Lorena
                                                        Deram show de sintonia
                                                           Viva a diversidade
                                                           No jongo só alegria


                                                               Etnocenologia
                                                       Grande apenas a palavra
                                                         Chegou Armindo Bião
                                                      Com Ibridismo na jogada


                                                            Veio indio , veio branco
                                                          Gente negra , veio pardo
                                                      Todo mundo entrou na moda
                                                              Eita povo arretado.

Cavalo Marinho (Dança/Espetaculo/Brincadeira)

A dança do cavalo marinho, acontece predominantemente no Pernambuco, a maior concentração de grupos fica na região formada pelas cidades: Condado, Alicança, Ferreiros, Camutanga, Itambé, Itaquitinga e Goiania e na Paraiba nas cidades: Pedras de Fogo, Bayeux e João Pessoa, a celebração acontece entre julho e janeiro com destaque para os dias perto do natal, ano novo e dia de reis, pois a dança é uma homenagem aos Reis Magos. Durante as apresentações um grupo de musicos ficam em um lugar reservado pra eles, usam instrumentos como rabeca, ganzá, pandeiro, bage de taboca e zambudas, geralmente o capitão, que seria o mestre de cerimonios das figuras (mesmo não usando máscara) fica ao lado dessa orquestra. A tradição dos brincantes passa pelas gerações entre as familias.
Apresentação feita perto dos músicos
As figuras são ao todo 76 personagens e são divididas em 3 categorias, as figuras humanas (personagens como Capitão, Mateus, Bastião, Ambrosio, Soldado da guarita, Mané do baile, Valentão, Pisa Pilão, Barre Rua), as figuras fantasticas (Caboclo de Urubá, Parece mais não é, Morte, Diabo, Babau, Jaraguá) e as figuras de animais (Boi, Ema, Cavalo, Onça, Burra), uma apresentação com todas as mascaras dura por volta de oito horas.
Nas apresentações os brincantes (ou atores) assumem mais de uma máscara, as únicas 2 mascaras que sempre permanecem com a mesma pessoa são os negros (Bastião e Mateus) e trabalham encenações, coreografias, improvisos e toadas além de várias danças tradicionais do cavalo marinho, como o coco, o mergulhão e a dança de São Gonçalo.
Seu Ambrosio

A apresenação mais tradicional é a do Seu Ambrosio (ou Mestre Ambrosio) que é um vendedor de figuras, ele tenta convencer o capitão a comprar suas figuras, então o capitão pede pra ele apresentar a mercadoria, Ambrosio dança trazendo caracteristicas das outras figuras, claro, da que ele quer vender. Depois da dança ele pede para o capitão tentar adivinhar, e isso tudo é recheado por dialogos entre os dois que sempre improvisão. As figuras em si interagem muito com o publico também, seja fazendo comentarios satirizando o espetaculo ou até mesmo o publico, quando participei, a figura da Velha vinha em minha direção toda hora, abria a saia pra mim e me chamada de cabeludo, por exemplo. Logo em baixo deixo um video do Seu Ambrosio e sua musica tradicional fazendo sua abertura. (Essa apresentação não é a tradicional, mas abriram um show, provavelmente com essa tematica e quem abriu doi o Mestre Ambrosio)



Os personagens refletem a sociedade colonial da Zona da Mata Nordestina: Mateus e Bastião, que trazem o rosto pintado de preto, representam a forte presença negra na empresa açucareira; o capitão, montado em seu cavalo, representa o grande latifundiário, dono do engenho; o soldado, subserviente ao capitão, é o elemento opressor a serviço do poder político; os galantes e as damas aludem à faustosa aristocracia que se desenvolveu em torno da cultura da cana. Outros personagens incluem o Caboclo, entidade catimbozeira que canta hinos em homenagem à Jurema, o boi, a Catirina esposa simultânea de Mateus e Sebastião, o Empata-samba, o Matuto da Goma, a Véia do bambu.


Seu Ambrosio trazendo as figuras



Fiz a oficina de Cavalo Marinho e Commedia Dell'arte, tive a honra de conhecer Aguinaldo Roberto (o segundo da imagem, da esquerda pra direita) que me ensinou o pouco que sei hoje.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ciranda da UFU



Ritmo: Ciranda da Lia

Thiago Augusto

Eu estava na sala de aula
Ouvindo a Renata
Muito me explicá

Essa ciranda quem me deu foi Ufu
Lá dentro do curso
De teatralizá

Estava aprendendo hibridismo
Relendo os discursos
Do Peter Burke

Essa palavra tem muita cultura
E sempre convida
Para viajá
Pelas igrejas e festividades
Passando pra música
E para cá

Essa ciranda quem me deu foi Ufu
Lá dentro do curso
De teatralizá

Estava estudando folclore
Através de uma carta
Bem brasileira

Essa carta era bem confusa
Tratava folclore
Como ciênciá
Do anonimato ao coletivo
O que nois tinha
Era que aceitá

Essa ciranda quem me deu foi Ufu
Lá dentro do curso
De teatralizá

Estava no bairro Planalto
Para comemorar
A congada

Essa festa é muito colorida
Muito animada
E tem batucá1
O som é bom e bem estridente
Convidando a gente
Para rezá

Essa ciranda quem me deu foi Ufu
Lá dentro do curso
De teatralizá

Estava no centro da praça
Assistir a quadrilha
Do povo rolar

Essa festa é também colorida
E tem muito santo
Pra mod’e2 rezá
Essa folia é coisa junina
Não tem galo de briga
Mas tem o que ganhá

Essa ciranda quem me deu foi Ufu
Lá dentro do curso
De teatralizar

Estava estudando palavras
Pra entender meu3 povo
E descomplicar

Essa matéria foi bem ensinada
E fez transformar
Meu jeito de pensá
Agora tenho é que terminar
Essa ciranda rápido
Porque não sei mais rimá

Essa ciranda quem me deu foi Ufu
Lá dentro do curso
De teatralizá

1batucada
2modo de
3 a palavra “meu” não conseguiu se encaixar na rima, mas senti a necessidade de colocá-la ali. Tamanho era o meu desejo de deixar bem claro que nas curvas (até então) desconhecidas dessa disciplina, ao encontrar esse povo eu também me reencontrei. A cultura popular é a cultura da minha gente, dos meus avós e tataravós. É uma cultura cada vez mais ofuscada, quando não usurpada e desconfigurada pela industria “musical”.

LABIRINTO

elenco de O labirinto, apresentaçao no encerramento do ano de 1917 no curso de teatro da UFU