Uma manifestação cultural religiosa de cultos católicos e influência
marcante africana e advinda de tradições transmitidas de gerações a gerações, num
olhar que caminha através do tempo, contada na dança e na música nessa diversidade
cultural brasileira. A suça é o conhecimento de povos que trazem na memória os
gestos e o canto que caracterizam um espetáculo que vislumbra olhares diversos
e distintos do espectador.
As pessoas se reúnem nos dias de comemorações religiosas que acontecem no
interior do Estado do Tocantins, agrupando pessoas de várias comunidades que
possuem características próprias nas danças e nos costumes, mesmo sendo muito
próximas uma das outras. Alguns dos instrumentos musicais são fabricados
artesanalmente como os tambores e cuícas tocados em certos municípios e em
outros são tocados a viola, o pandeiro e a caixa.
E nessas especificidades se distinguem nas expressões das músicas, nos
movimentos das danças agitadas onde simulam coceira e matam insetos um no corpo
do outro. No grupo os dançarinos representam em roda repetidos rodopios e nessa
cumplicidade dos pares desse passo que se chama jiquitaia (formiga) eles compõem
um contexto cultural onde expõem suas identidades e suas individualidades, pois
cada um é um personagem importante nessa prática cultural.
Nessa concepção de religiosidade e de culturas elas se adaptam, se
interagem formando uma só com identidades próprias, é uma apropriação de
objetos, danças, músicas que agregam valores e refletem a tendência do ser humano em busca de algo que o aproxime
de Deus e o personagem cultural através do desejo de representar sua comunidade
é muito além daquilo que se vê, ele é que simboliza o elemento principal nas
relações entre as culturas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário