domingo, 24 de agosto de 2014

CRIARTE - Brasil X África - Uma ponte entre dois continentes.

CRIARTE- A diversidade, apropriação e ressignificação das danças populares africanas, trazidas para o contexto popular Brasileiro.

Ao longo da disciplina discutimos muito sobre o Hibridismo cultural e suas múltiplas formas de entendimento e acontecimento. Discutimos também as formas que as culturas alheias de terras distantes e ou próximas chegam até nós perdurando muitas vezes o tempo e como elas são vistas aos olhos da contemporaneidade.
Trago então uma discussão acerca das manifestações culturais com base na dança, entre Brasil e África, e faço uma ponte conectando os significados atribuídos por cada um desses países.
Assim como no Brasil, a África tem suas culturas e a partir delas as danças e suas criações, seja no estilo de vida ou no modo em que eles pensam “coreograficamente” muitas das danças falam das questões de vida e do lugar onde eles vivem. A África por característica própria tem como raiz as celebrações cultuadas diretamente dos cantos, e nas danças que são muito típicas do país. As questões da religião é outra coisa muito presente dentro desses trabalhos corporais, principalmente no que se diz ao estilo afro, e as religiões tradicionais africanas que é contextualizada com base no que predomina no país (Cristianismo e islamismo).
Fora essas questões de religião, tradicionalismo dentre outros, levo a discussão para a parte prática de como essas danças são feitas e como elas são executadas. Diga-se de passagem, os africanos tem um estilo muito próprio no que se diz respeito a movimentações, e é exatamente isso que quero trazer para o contexto brasileiro.
Para recortar a discussão em um único ponto, apresento-lhe o que hoje é chamado de “dança do romano”. Essa dança, mesmo que chamada de dança do romano é inteiramente baseada nas movimentações africanas a partir de um vídeo retirado da “web”. Acontece que esse vídeo africano foi um Sucesso no Brasil após o lançamento do estilo do “Passinho do Romano” que foi criado por um MC Funk que se apropriou do vídeo original e usando as movimentações dos dançarinos do vídeo criou seu próprio estilo conhecido por nós hoje.
O que gera uma discussão é o quanto dessa cultura africana se perde quando ela é trazida para o Brasil, meramente para contemplar uma massa com entretenimento barato e sem fundamento. Em contra partida temos outra grande discussão do quanto a nossa cultura mesmo que vazia de conhecimento no campo da ideia, mas ao mesmo tempo cheia contempla essa cultura vinda de fora.
Afinal mesmo que os brasileiros não saibam de suas culturas ou deem importância para isso, eles são regados de culturas diversas todos os dias, e se eles não a têm esse novo estilo que se forma a partir desse vídeo acaba que sendo uma nova cultura moderna dos tempos de hoje. Claro que ao fazer essa ponte, as informações contidas nesse estilo chegam ao Brasil evidenciando as classes sociais  baixas que estão se sobressaindo e que querem tornar isso muito visível. Esse estilo também não é nem uma novidade, pois vemos isso no funk chamado de “funk da Ostentação” que nada difere dessa ponde entre Brasil e África. Se na África temos a valorização e a criação a partir de sua própria cultura no Brasil também temos, só que baseada nos valores da Ascenção da população  e não nos valores tradicionais.  


Por fim essa ponte que trago nesse breve texto, mostra o quanto estamos conectados o quanto nos parecemos, e reforço ainda que além de um País também colonizados por africanos temos muitas coisas parecidas e ao mesmo tempo ideias e valorizações diferentes. 









Abaixo segue os dois videos Baseados para o Trabalho:

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LABIRINTO

elenco de O labirinto, apresentaçao no encerramento do ano de 1917 no curso de teatro da UFU