CRIARTE- A
diversidade, apropriação e ressignificação das danças populares africanas,
trazidas para o contexto popular Brasileiro.
Ao
longo da disciplina discutimos muito sobre o Hibridismo cultural e suas múltiplas
formas de entendimento e acontecimento. Discutimos também as formas que as
culturas alheias de terras distantes e ou próximas chegam até nós perdurando
muitas vezes o tempo e como elas são vistas aos olhos da contemporaneidade.
Trago
então uma discussão acerca das manifestações culturais com base na dança, entre
Brasil e África, e faço uma ponte conectando os significados atribuídos por
cada um desses países.
Assim
como no Brasil, a África tem suas culturas e a partir delas as danças e suas criações,
seja no estilo de vida ou no modo em que eles pensam “coreograficamente” muitas
das danças falam das questões de vida e do lugar onde eles vivem. A África por característica
própria tem como raiz as celebrações cultuadas diretamente dos cantos, e nas
danças que são muito típicas do país. As questões da religião é outra coisa
muito presente dentro desses trabalhos corporais, principalmente no que se diz
ao estilo afro, e as religiões tradicionais africanas que é contextualizada com
base no que predomina no país (Cristianismo e islamismo).
Fora
essas questões de religião, tradicionalismo dentre outros, levo a discussão
para a parte prática de como essas danças são feitas e como elas são
executadas. Diga-se de passagem, os africanos tem um estilo muito próprio no
que se diz respeito a movimentações, e é exatamente isso que quero trazer para
o contexto brasileiro.
Para
recortar a discussão em um único ponto, apresento-lhe o que hoje é chamado de “dança
do romano”. Essa dança, mesmo que chamada de dança do romano é inteiramente
baseada nas movimentações africanas a partir de um vídeo retirado da “web”.
Acontece que esse vídeo africano foi um Sucesso no Brasil após o lançamento do
estilo do “Passinho do Romano” que foi criado por um MC Funk que se apropriou
do vídeo original e usando as movimentações dos dançarinos do vídeo criou seu próprio
estilo conhecido por nós hoje.
O
que gera uma discussão é o quanto dessa cultura africana se perde quando ela é
trazida para o Brasil, meramente para contemplar uma massa com entretenimento
barato e sem fundamento. Em contra partida temos outra grande discussão do
quanto a nossa cultura mesmo que vazia de conhecimento no campo da ideia, mas ao
mesmo tempo cheia contempla essa cultura vinda de fora.
Afinal
mesmo que os brasileiros não saibam de suas culturas ou deem importância para
isso, eles são regados de culturas diversas todos os dias, e se eles não a têm
esse novo estilo que se forma a partir desse vídeo acaba que sendo uma nova cultura
moderna dos tempos de hoje. Claro que ao fazer essa ponte, as informações contidas
nesse estilo chegam ao Brasil evidenciando as classes sociais baixas que estão se sobressaindo e que querem
tornar isso muito visível. Esse estilo também não é nem uma novidade, pois
vemos isso no funk chamado de “funk da Ostentação” que nada difere dessa ponde
entre Brasil e África. Se na África temos a valorização e a criação a partir de
sua própria cultura no Brasil também temos, só que baseada nos valores da Ascenção
da população e não nos valores tradicionais.
Por
fim essa ponte que trago nesse breve texto, mostra o quanto estamos conectados
o quanto nos parecemos, e reforço ainda que além de um País também colonizados
por africanos temos muitas coisas parecidas e ao mesmo tempo ideias e valorizações
diferentes.
Abaixo segue os dois videos Baseados para o Trabalho:
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