segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Ciranda das Aulas de Teatro e Cultura Popular

Na ciranda que eu fiz o puxador cantar os versos que não estão marcados, e o coro responde com os versos marcados de amarelo.

Meu conselho

Eu estava na beira da roda ouvindo a Renata com a turma a rimar,
Cantavam uma tal cultura que naquela sala chama popular.
Eu gostei tanto da melodia que não podia mais me segurar,
Era tanta coisa, uma poesia, misturando tudo numa coisa só
Era uma cultura que batia na outra, se transformava e dava um nó...
E essa roda sempre girando no hibridismo dessa história
Bailando, bailando, a gente aprende essa memória
É festa, é mito, etnocenologia. Passando de geração em geração,
Vamos navegando nessa folia, a voz do povo é que dá a lição.
Cheguei do outro lado do oceano, lembrança de um mundo que ficou pra trás,
Lá encontrei um casal girano, a mulher parou, o homem girava mais,
É uma mistura meio homicida, ninguém esquece, ninguém esquece...
Uma árvore cheia de despedida, um monte de coisa que se parece.
Íamos a campo para saber como é, lendo de Burke a Armindo Bião,
Lá não seguramos nosso pé, pulando da teoria pra improvisação.
Lá no congado, remexia tudo, na junina a bandeira era a melhor,
Veio dos cantos desse mundo, começou em um lugar e ficou maior.
Juntava com o preto, com o índio e com o branco num monte de dança que não para mais...
Do tabiado ao passo manco, as belas moças mostram como faz!
Foi quebrando as nossas cascas, matando o preconceito, tirando as lascas, isso é respeito!
Então amigo aqui vai um conseio!
Se te apetece, essa é a dica que eu dô,
Se você não conhece, por favor,
Não apaixona, nem ignora, não embobece, nem apavora.
Entende esse povo e sua história,
Respeita os versos, ou abra a porta e vá embora.

Um comentário:

LABIRINTO

elenco de O labirinto, apresentaçao no encerramento do ano de 1917 no curso de teatro da UFU