Literatura de Cordel
" A narrativa do Cordel é um convite à imaginação.” (autor desconhecido)
Saudações aos meus amigos
que agora visitam o blog
Pode vir dar seu palpite,
comentar aqui tudo pode
Dos Cordeis vem o assunto
que agora vou abordar,
e essa lúdica viagem
você vai rememorar.
A Literatura de Cordel tem a sua origem em Portugual e é assim chamada porque os folhetos (forma impressa dos Cordeis) eram expostos pendurados em varais, feiras populares ou nas ruas. Foi trazida para o Brasil no século XVIII, na Bahia, onde se instalou, e, posteriormente, foi se expandindo para outros estados do Nordeste brasileiro.
Cordeis pendurados em varais
O Cordel é popularmente chamada de Folheto. Os temas mais comuns dos Folhetos são histórias de amor, curiosidades, disputas, comédias e tragédias, podendo ser verídicas ou não. Quem os escreve são os cordelistas ( ou folheteiros), no entanto a Literatura de Cordel não é escrita como o intuito de ser lido. É feita para ser falada, declamada e quem faz este trabalho, de oralização (colocar em itálico) são chamados de intérpretes, que geralmente são poetas e cantadores.
O VELHO CANTADOR E SEUS CORDÉIS de Marcos Mairton
"A Literatura de Cordel é um grande painel da vida popular. Impresso e oral ao mesmo tempo, se utiliza da linguagem escrita, falada, também se apropria da música e da encenação, embora se utilize de tantas modalidades, trata-se de uma grande unidade. É feito do popular para o popular, diante da demanda de seu público que lê, ouve as histórias e segue os acontecimentos ou disputas. A conjunção do oral e do impresso se dá conservando um repertório comum, porém individualizado por cada autor. Ancorada na performance, no gesto, no corpo, essa literatura remete a imagem e à conjunção de outras artes.” (autor desconhecido )
É possível dizer que os Folhetos são democráticos já que pelo seu costume de ser uma narrativa lida, em voz alta por, um interprete, se torna acessível à qualquer pessoa. Tanto a quem produz, quem lê e quem ouve , independente de sua posição social ou idade, torna se público e possíveis apreciadores de sua literatura, com suas histórias, arte e cultura.
Pelo seu caráter popular de fácil acesso, o Cordel, pode ser encontrado , além dos folhetos, em espetáculos teatrais, em textos dramatúrgicos, em músicas e danças. Como é o caso do autor Ariano Suassuna, que em obras como O Auto da Compadecida insere elementos da tradição dos cordeis.
"Suas obras são bastante influenciadas pelos versos contidos na literatura de cordel, que é uma expressão antiga e muito forte da cultura popular de pernambuco e do nordeste. Ressaltanto a tradição oral da contação de histórias, a literatura de cordel registra o que ficou gravado na memória do povo, fala de personalidades e fatos que marcaram a história nordestina e de coisas importantes na vida das pessoas, como o apego à terra, as devoções religiosas, a valentia, a pobreza... As capas dos folhetos de cordel são ilustradas por xilogravuras – gravura talhada em madeira- que contribuem com a identidade deste gênero textual. Esses elementos estão presentes de forma intrínseca nos livros de Ariano Suassuna, que através de seus personagens, narra a riqueza da cultura popular nordestina.” (ANA CLÁUDIA DIAS BATISTA; KARLA DANIELLE FERNANDES DA SILVA)
Literatura de cordel é rimada, metrificada, impressa e ORAL.
Bibliografia:
http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/resumos/resumos/6155.htm
http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=literatura+de+cordel&btnG=&lr= (primeiro intem)
http://www.recantodasletras.com.br/cordel/2018483
http://www3.universia.com.br/conteudo/literatura/umaviagemaoceu.pdf
Nenhum comentário:
Postar um comentário