sábado, 16 de agosto de 2014

Literatura de Cordel

Literatura de Cordel

" A narrativa do Cordel é um convite à imaginação.” (autor desconhecido)


Saudações aos meus amigos
que agora visitam o blog
Pode vir dar seu palpite,
comentar aqui tudo pode
Dos Cordeis vem o assunto 
que agora vou abordar,
e essa lúdica viagem
você vai rememorar.

          A Literatura de Cordel tem a sua origem em Portugual e é assim chamada porque os folhetos (forma impressa dos Cordeis) eram expostos pendurados em varais, feiras populares ou nas ruas. Foi trazida para o Brasil no século XVIII, na Bahia, onde se instalou, e, posteriormente, foi se expandindo para outros estados do Nordeste brasileiro. 

                                         Cordeis pendurados em varais 

          O Cordel é popularmente chamada de Folheto. Os temas mais comuns dos Folhetos são histórias de amor, curiosidades, disputas, comédias e tragédias, podendo ser verídicas ou não. Quem os escreve são os cordelistas ( ou folheteiros), no entanto a Literatura de Cordel não é escrita como o intuito de ser lido. É feita para ser falada, declamada e quem faz este trabalho, de oralização (colocar em itálico)  são chamados de intérpretes, que geralmente são poetas e cantadores.

                                         O VELHO CANTADOR E SEUS CORDÉIS de Marcos Mairton

          "A Literatura de Cordel é um grande painel da vida popular. Impresso e oral ao mesmo tempo, se utiliza da linguagem escrita, falada, também se apropria da música e da encenação, embora se utilize de tantas modalidades, trata-se de uma grande unidade. É feito do popular para o popular, diante da demanda de seu público que lê, ouve as histórias e segue os acontecimentos ou disputas. A conjunção do oral e do impresso se dá conservando um repertório comum, porém individualizado por cada autor. Ancorada na performance, no gesto, no corpo, essa literatura remete a imagem e à conjunção de outras artes.”  (autor desconhecido )


           É possível dizer que os Folhetos são democráticos  já que pelo seu costume de ser uma narrativa lida, em voz alta por, um interprete, se torna acessível à qualquer pessoa. Tanto a quem produz, quem lê e quem ouve , independente de sua posição social ou idade, torna se público e possíveis apreciadores de sua literatura, com suas histórias, arte e cultura.


          Pelo seu caráter popular de fácil acesso, o Cordel, pode ser encontrado , além dos folhetos, em espetáculos teatrais, em textos dramatúrgicos, em músicas e danças. Como é o caso do autor Ariano Suassuna, que em obras como O Auto da Compadecida insere elementos da tradição dos cordeis.

          "Suas obras são bastante influenciadas pelos versos contidos na literatura de cordel, que é uma expressão antiga e muito forte da cultura popular de pernambuco e do nordeste. Ressaltanto a tradição oral da contação de histórias, a literatura de cordel registra o que ficou gravado na memória do povo, fala de personalidades e fatos que marcaram a história nordestina e de coisas importantes na vida das pessoas, como o apego à terra, as devoções religiosas, a valentia, a pobreza... As capas dos folhetos de cordel são ilustradas por xilogravuras – gravura talhada em madeira- que contribuem com a identidade deste gênero textual. Esses elementos estão presentes de forma intrínseca nos livros de Ariano Suassuna, que através de seus personagens, narra a riqueza da cultura popular nordestina.” (ANA CLÁUDIA DIAS BATISTA; KARLA DANIELLE FERNANDES DA SILVA)

Literatura de cordel é rimada, metrificada, impressa e ORAL.



Bibliografia:
http://www.sbpcnet.org.br/livro/61ra/resumos/resumos/6155.htm
http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=literatura+de+cordel&btnG=&lr= (primeiro intem)
http://www.recantodasletras.com.br/cordel/2018483
http://www3.universia.com.br/conteudo/literatura/umaviagemaoceu.pdf

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